quinta-feira, 20 de outubro de 2011

DIA 19 DE OUTUBRO - DIA DE SÃO PAULO DA CRUZ,APÓSTOLO DA PAIXÃO DE CRISTO!!!




Aos 21 anos alistou-se na cruzada contra os muçulmanos; fundador da Congregação dos Passionistas, “arrancou inumeráveis almas ao inferno, e obteve as mais brilhantes vitórias sobre o erro, o vício e Satanás. Curou doentes, obteve a vista para cegos, a audição para surdos, a palavra a mudos, o uso dos membros a paralíticos, ressuscitou mortos, aplacou tempestades, penetrou em segredos das consciências e no futuro.

Paulo Francisco foi o segundo dos 16 filhos do casal Lucas Danei e Ana Maria Massari, ambos de fidalgas famílias empobrecidas, na região do Piemonte, ao norte da Itália. A 3 de janeiro de 1694, “uma luz extraordinária iluminou o quarto onde ele nasceu, de noite, de maneira que as lâmpadas que lá estavam acesas pareciam apagadas”.

Os pais, que exerciam o pequeno comércio de tecidos na localidade de Ovada, Diocese de Alessandria, no Piemonte, eram sobretudo modelo de casal cristão, vivendo numa santa afeição e no temor de Deus. “Homem de fé antiga e de costumes sem mancha, de rara piedade, Lucas encontrava suas delícias na oração, na leitura de livros de piedade, sobretudo na Vida dos Santos. .... Para seu Deus ele teria sacrificado voluntariamente seus interesses mais caros, suas afeições mais puras, e mesmo sua vida. Tal era sua fé que, esposo e pai, ele aspirava o martírio”.

Sua esposa não lhe ficava atrás: “humilde e modesta, piedosa, não amando senão a solidão do lar ou dos altares, dividindo seu tempo entre Deus e sua família. Olhava os cuidados da casa e educação de seus filhos como uma missão santa; sem jamais se lastimar, carregava o fardo com uma paciência inalterável”.De pais assim, nasceu um grande santo!

OVADA - ONDE NASCEU SÃO PAULO DA CRUZ.



Ainda muito pequeno, a piedade de Paulo Francisco era tão profunda, que bastava a mãe lhe apresentar o Crucifixo para que ele deixasse de se lastimar ou então fizesse algo de que não gostava. Incutindo-lhe uma profunda devoção à Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, a mãe seguia um impulso divino, preparando aquele que seria o grande apóstolo desse Santo Mistério. O próprio Cristo crucificado mostrava-se a ele em freqüentes visões, às vezes coroado de espinhos, com o corpo retalhado pela flagelação, e mesmo como um ser que se contorce de dores, um corpo que não é senão uma chaga.

A Mãe de Deus também lhe aparecia, algumas vezes para socorrê-lo. Isso ocorreu, por exemplo, quando ao atravessar o rio Orba com seu irmãozinho, João Batista, caíram ambos na água. Debatendo-se os dois entre as ondas, apareceu-lhes, andando sobre as águas revoltas, a formosa Senhora, que dando-lhes a mão tirou-os para fora.

O Menino Jesus apareceu-lhe também uma vez para fazer-lhe companhia quando ele rezava o terço, devoção à qual se afeiçoou desde muito pequeno.

Aos 10 anos foi enviado a Cremolino para os estudos, lá permanecendo por cinco anos. Sua vida nesse período foi mais a de um consumado asceta do que a de um menino na primeira adolescência. Ele “passava parte da noite na contemplação das divinas bondades de seu Deus, nas dolorosas cenas de sua paixão. Não as interrompia senão para dilacerar sua carne virginal com cruéis flagelações, e não se permitia senão poucas horas de repouso sobre pranchas. Ele jejuava freqüentemente. .... Sua terna e viva devoção à Santíssima Virgem não se igualava senão à proteção especial com a qual essa Mãe de misericórdia o circundava”.

Não só seus condiscípulos, mas os habitantes do lugar passaram a designá-lo como o Santo. Muitos de seus colegas, levados pelo seu exemplo, entregaram-se à vida de piedade e depois entraram em Ordens religiosas, então focos de piedade cristã.

Terminados os estudos, voltou Paulo Francisco para casa. Enquanto aguardava os desígnios de Deus a seu respeito, continuava a levar vida de intensa piedade.

Alista-se na Cruzada contra os turcos muçulmanos

Aos 21 anos, em 1715, Paulo Francisco tomou conhecimento de duas bulas de Clemente XI que promovia uma liga entre os Príncipes católicos e animava também os fiéis a se engajarem na luta contra os turcos muçulmanos que preparavam grande investida contra a Europa. Aconselhava-os ainda a aplacar a cólera de Deus e implorar seu auxílio por meio de jejuns, penitências e orações públicas.

Paulo Francisco, vendo nisso não só a oportunidade de possivelmente derramar seu sangue pela Fé, mas também a de lutar por ela, partiu para Crema como voluntário no exército cristão.

Mas outro era o combate que Deus queria dele, e o fez compreender isso durante a oração. Paulo Francisco pediu dispensa do exército e voltou à sua terra.

Um tio seu, sacerdote, propôs-lhe então vantajoso casamento com uma moça rica e virtuosa, e, para assegurar-lhe o futuro, fê-lo seu herdeiro. Paulo recusou as duas propostas, pois decidira-se a servir somente a Nosso Senhor Jesus Cristo.

Conduzido em espírito ao inferno

Certo dia em que Paulo Francisco, devido a uma contusão na perna, encontrava-se no leito fazendo sua meditação, foi levado em espírito ao inferno. “Ele perdeu os sentidos, e de seu peito escaparam grandes gritos: era como uma mistura incoerente de escárnios e de cruel desespero. Seu irmão João Batista, e sua irmã Teresa, que acorreram para o despertar e acalmar, foram tomados de pânico. Voltando a si pouco a pouco, ele disse, com um sentimento de horror pintado em sua face: ‘Não, eu jamais direi o que vi’. ... Mais tarde o Santo confiou a uma pessoa que, nessa circunstância, tinha sido transportado pelos Anjos ao inferno, e que havia visto, com temor e tremor, as penas eternas dos danados”.

Congregação dos Passionistas: revelação ao fundador

No ano de 1720, durante um êxtase, Nosso Senhor mostrou-lhe o hábito passionista, ao mesmo tempo em que lhe imprimiu na alma as regras que a Congregação deveria seguir. Noutro dia, a Santíssima Virgem apareceu-lhe trazendo na mão o mesmo hábito, e nesse instante Paulo viu-se com ele revestido. Nascia assim a Congregação dos Passionistas. Paulo confiou a seu confessor, o Bispo de Alessandria, a visão que tivera. Manifestou-lhe, então, o desejo de portar o hábito a ele revelado, o que ocorreu em novembro do mesmo ano.

A primeira pessoa que se juntou a Paulo Francisco foi seu irmão João Batista, seu companheiro de penitências e orações na juventude, e que seria até o fim da vida seu mais firme apoio. Ambos receberam o sacerdócio em 1727, estabelecendo-se 10 anos depois no Monte Argentaro, onde foi fundado o primeiro convento e noviciado da nova Congregação.

MONTE ARGENTARO


Seus membros, além dos três votos (pobreza, obediência e castidade), pronunciavam um quarto: o de propagar a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Somente em 1746 as regras da Congregação foram aprovadas por Bento XIV. Nelas estão aliadas a vida contemplativa e a ativa. Se o passionista deve ser um apóstolo da palavra, tem que haurir na contemplação o espírito que vivifique essa palavra. Mas nisso tem que haver justo equilíbrio: “Foi o que o Espírito divino inspirou admiravelmente a Paulo da Cruz. Muita solidão, contemplação e mortificação para manter o fogo sagrado na alma; mas não demais, para não enervar o corpo nem lhe tirar as forças que o apostolado exige: eis a solução do problema; eis o passionista, tal qual o faz seu Instituto”.A pregação de Missões e os exercícios espirituais tornaram-se a meta da Congregação, tudo com muita ênfase posta na sagrada Paixão de Cristo.

“Durante 50 anos São Paulo da Cruz consagrou sua vida a converter os pecadores, a santificar os corações arrependidos, a aperfeiçoar as almas dos justos”.

Por obediência ao Papa, pede e obtém sua própria cura

Enfraquecido pela extrema fadiga e contínua penitência, em 1771 Pe. Paulo da Cruz foi acometido por uma doença que os médicos anunciaram ser mortal. Dois de seus religiosos apresentaram-se então ao Papa a fim de pedir uma bênção especial para o moribundo. Clemente XIV, que media bem a extensão que essa perda representaria para a Igreja, mandou-os dizer ao doente que o Papa lhe ordenava, sob obediência, que não morresse então. Ao receber a ordem, Paulo da Cruz pegou seu Crucifixo e, com lágrimas, pediu a vida, para obedecer ao Papa. Desde esse instante, começou a melhorar até ficar completamente são.

Nesse mesmo ano, o santo fundou o ramo feminino dos Passionistas.

Grande pregador com fama de santidade, procurado por todos, desde o Papa até o mais humilde pescador, aclamado pelas multidões, São Paulo da Cruz parecia insensível a qualquer pensamento de vanglória. Ele afirmou com toda simplicidade a seu diretor espiritual: “Graças a Deus, jamais um pensamento de orgulho se aproxima de mim. Eu me creria um danado se me viesse um pensamento de orgulho”.

Seu espírito de obediência ia tão longe, que ele fizera um voto de obedecer a todo mundo naquilo que não fosse contra a lei de Deus. Sua pureza era ilibada, e ele conservou sua inocência batismal até o último suspiro. Um dia, não sabendo estar sendo observado, ouviram-no dizer: “Vós sabeis bem, Senhor, que com o concurso de vossa graça eu jamais sujei minha alma com uma falta deliberada”.

São Paulo da Cruz morreu nos braços de seu discípulo amado Vicente Maria Strambi, que dele havia recebido o hábito e com ele convivera. Também elevado à honra dos altares, São Vicente foi o primeiro biógrafo do grande fundador.


DE 23 DE NOVEMBRO DE 172O ATÉ 01 DE JANEIRO DE 1721,40 DIAS DE ORAÇÃO, PENITÊNCIA E SOLIDÃO.FOI MESTE LUGAR, QUE SÃO PAULO DA CRUZ ESCREVEU SEU DIÁRIO ESPIRITUAL.

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