quarta-feira, 12 de outubro de 2011

DIA 13 DE OUTUBRO - DIA DA BEATA ALEXANDRINA MARIA DA COSTA / ALEXANDRINA DE BALASAR




Nasceu em Balasar, Póvoa de Varzim, Arquidiocese de Braga, no dia 30 de Março de 1904, e foi batizada no dia 2 de Abril, Sábado Santo. Foi educada cristãmente pela mãe, junto com a irmã Deolinda. Alexandrina viveu em casa até aos 7 anos. Depois foi para uma pensão de um marceneiro na Póvoa de Varzim a fim de frequentar a escola primária que não existia em Balasar. Fez a primeira comunhão na sua terra natal em 1911 e no ano seguinte recebeu o sacramento da Crisma pelo Bispo do Porto.


Passados 18 meses, voltou a Balasar e foi morar com a mãe e a irmã na localidade do “Calvário”, onde irá permanecer até à morte.



CASA DA BEATA ALEXANDRINA EM BALASAR


Robusta de constituição física, começou a trabalhar nos campos, equiparando-se aos homens e a ganhar o mesmo que eles. A sua infância foi muito viva: dotada de temperamento feliz e comunicativo, era muito querida pelas colegas. Aos 12 anos, porém, adoeceu: uma grave infecção (uma febre tifóide, talvez) colocou-a quase à morte. Superou a doença, mas a sua saúde ficou abalada para sempre.


Aos 14 anos aconteceu um fato que seria decisivo para a sua vida.


Era Sabado Santo de 1918. Nesse dia, ela, a irmã Deolinda e mais uma mocinha aprendiz, estavam a trabalhar de costura, quando perceberam que três homens tentavam a entrar na sala onde se encontravam. Embora estivessem fechadas, os três homens forçaram as portas e conseguiram entrar. Alexandrina, para salvar a sua pureza ameaçada, não hesitou em atirar-se pela janela, de uma altura de quatro metros. As consequências foram terríveis, embora não imediatas. De fato, as várias visitas médicas a que foi sucessivamente submetida diagnosticaram, cada vez com maior clareza, um fato irreversível.


Até aos 19 anos pôde ainda arrastar-se até a igreja, onde gostava de ficar recolhida, com grande admiração das pessoas. A paralisia foi avançando cada vez mais, até que as dores se tornaram insuportáveis; as articulações perderam qualquer movimento; e ela ficou completamente paralisada. Era o dia 14 de abril de 1925 quando Alexandrina ficou definitivamente de cama. Ali haveria de passar os restantes 30 anos de sua vida.


QUARTO ONDE VIVEU POR 30 ANOS ACAMADA, A BEATA.


Até 1928 não deixou de pedir a Deus, por intercessão de Nossa Senhora, a graça da cura, prometendo que se sarasse partiria para as missões. Depois compreendeu que a sua vocação era o sofrimento. Abraçou-a prontamente. Dizia: “Nossa Senhora concedeu-me uma graça ainda maior. Depois da resignação deu-me a conformidade completa à vontade de Deus e, por fim, o desejo de sofrer”.


São desse período os primeiros fenómenos místicos: Alexandrina iniciou uma vida de grande união com Cristo nos Tabernáculos, por meio de Nossa Senhora.


Um dia em que estava só, veio-lhe improvisamente este pensamento: “Jesus, tu és prisioneiro no Tabernáculo. E eu por tua vontade prisioneira na minha cama. Far-nos-emos companhia”. Desde então começou a primeira missão: ser como a lâmpada do Tabernáculo. Passava as noites como em peregrinação de Tabernáculo em Tabernáculo. Em cada Missa oferecia-se ao Eterno Pai como vítima pelos pecadores, junto com Jesus e segundo as suas intenções.


Quanto mais clara se tornava a sua vocação de vítima tanto mais crescia nela o amor ao sofrimento. Comprometeu-se com voto a fazer sempre o que fosse mais perfeito.


De sexta-feira, 3 de Outubro de 1938 a 24 de Março de 1942, ou seja por 182 vezes, viveu, em todas as sextas-feiras, os sofrimentos da Paixão: Alexandrina, superando o estado habitual de paralisia, descia da cama e com movimentos e gestos, acompanhados de angustiantes dores, repetia, por três horas e meia, os diversos momentos da Via Crucis.


“Amar, sofrer, reparar” foi o programa que o Senhor lhe indicou. Desde 1934, a convite do padre jesuíta Mariano Pinho, que a dirigiu espiritualmente até 1941, Alexandrina punha por escrito tudo quanto, vez por vez, lhe dizia Jesus.


Em 1936, por ordem de Jesus, pediu ao Santo Padre, através do Padre Mariano Pinho, a consagração do mundo ao Coração Imaculado de Maria. Este pedido foi renovado várias vezes até 1941, pelo que a Santa Sé interrogou três vezes o Arcebispo de Braga a respeito de Alexandrina. No dia 31 de Outubro de 1942, Pio XII consagrou o mundo ao Coração Imaculado de Maria com uma mensagem transmitida de Fátima em língua portuguesa. Este ato foi repetido em Roma na Basílica de São Pedro no dia 8 de Dezembro do mesmo ano de 1942.


Depois de 27 de Março de 1942, Alexandrina deixou de se alimentar, vivendo exclusivamente da Eucaristia. Em 1943, por quarenta dias e quarenta noites, foram rigorosamente controlados por médicos o jejum absoluto e a anúria, no hospital da Foz do Douro, no Porto.


Em 1944, o novo diretor espiritual, Padre Umberto Pasquale, salesiano, após constatar a profundidade espiritual a que tinha chegado, animou Alexandrina a continuar a ditar o seu diário; fê-lo com espírito de obediência até à morte. No mesmo ano de 1944 Alexandrina inscreveu-se na União dos Cooperadores Salesianos. E quis pôr o seu diploma de Cooperadora «em lugar bem visível a fim de o ter sempre debaixo dos olhos» e colaborar com o seu sofrimento e as suas orações para a salvação das almas, sobretudo juvenis. Rezou e sofreu pela santificação dos Cooperadores Salesianos de todo o mundo.


Apesar dos sofrimentos, continuava a dedicar-se aos problemas dos pobres, do bem espiritual dos paroquianos e de muitas outras pessoas que a ela recorriam. Promoveu em sua paróquia tríduos e horas de adoração.


Especialmente nos últimos anos de vida, muitas pessoas, vindas de longe, atraídas pela fama de santidade, visitavam-na; muitas atribuíam a própria conversão aos seus conselhos.


Em 1950, Alexandrina festejou o 25º ano de sua imobilidade. E em 7 de Janeiro de 1955 foi-lhe preanunciado que aquele seria o ano da sua morte. De fato, dia 12 de Outubro quis receber a unção dos enfermos. E dia 13, aniversário da última aparição de N. Sra. de Fátima, ouviram-na exclamar: “Sou feliz porque vou para o céu”. Às 19h30 expirou.


Sobre a sua campa podem ler-se estas palavras por ela tão desejadas:


“Pecadores, se as cinzas do meu corpo puderem ser úteis para a vossa salvação, aproximai-vos: passai todos por cima delas, pisai-as até desaparecerem, mas não pequeis mais! Não ofendais mais o nosso Jesus! Pecadores, queria dizer-vos tantas coisas. Não bastaria este grande cemitério para escrevê-las todas! Convertei-vos! Não queirais perder a Jesus por toda a eternidade! Ele é tão bom!... Amai-O! Amai-O! Basta de pecar!”.


É a síntese da sua vida gasta exclusivamente para salvar as almas.


No Porto, na tarde do dia 15 de Outubro, os vendedores de flores viram-se sem nenhuma flor branca: todas tinham sido vendidas para a homenagem floral a Alexandrina, que tinha sido a rosa branca de Jesus.


A SANTA CRUZ DE BALASAR
Aparecida no dia de “Corpus Christi” de 1832 E SUA RELAÇÃO COM A BEATA ALEXANDRINA DE BALASAR



ENGLISH



A igreja paroquial, dedicada a S. Eulália, domina duma pequena elevação e faz parte da antiquíssima Diocese de Braga, dita a «Roma de Portugal». Tal igreja foi inaugurada em 1907, em substituição da precedente, tornada muito pequena para a população de cerca de 1000 habitantes. De 1832 em diante, por vários anos, Balasar foi meta de peregrinação em honra de uma cruz aparecida misteriosamente no terreno, a poucos metros da igreja. Para defesa desta cruz foi construída uma Capela, ainda existente, que traz no frontal a data de 1832, esculpida na pedra. Por vários anos houve também uma Confraria, com o fim de promover a festa da Santa Cruz de Balasar. Pouco mais de um século depois, Balasar torna a ser meta de numerosas peregrinações: a gente é atraída pela fama da Serva de Deus Alexandrina Maria da Costa, que lá viveu muitos anos «crucificada». Não é arbitrário a aproximação aqui feita entre a cruz no terreno e Alexandrina crucificada. De facto, em dois êxtases, respectivamente do Dezembro 1947 e do Janeiro 1955, Alexandrina ouve Jesus acenar àquela cruz no terreno, enviada como “sinal” da vítima, Alexandrina mesma, que nasceria em Balasar para ser crucificada. Eis, daqueles êxtases, os dois excertos que se referem à cruz de Balasar. (Alexandrina acabou de reviver a paixão; o êxtase continua com o colóquio com Jesus):

— És a Minha vítima, a quem confiei a mais alta missão. E como prova disso atende bem ao que te digo para bem o saberes dizer. Quase um século era passado que Eu mandei a esta privilegiada Freguesia a cruz para sinal da tua crucifixão. Não a mandei de rosas, porque as não tinha, eram só espinhos; nem de oiro, porque esse com pedras preciosas serias tu com as tuas virtudes, com o teu heroísmo a adorná-la. A cruz foi de terra, porque a mesma terra a preparou. Estava preparada a cruz; faltava a vítima, mas já nos planos divinos estava escolhida; foste tu. O mal aumentou, a onda dos crimes atingiu o seu auge, tinha que ser a vítima imolada; vieste, foi o mundo a crucificar-te. Agora partes para o Céu e a cruz fica até ao fim do mundo como ficou também a Minha. Foi a maldade humana a preparar-Me a Minha, e a mesma maldade preparou a tua. Oh! como são grandes os desígnios do Senhor! Como são grandes e admiráveis, que encantos eles têm! Poderia Eu na Minha sabedoria infinita assemelhar-te mais a Mim? Desta cruz, desta imolação tirei dois proveitos: o amor à cruz, o amor à minha imagem crucificada e a grande reparação. Não é só a Minha Alexandrina a ser na cruz crucificada, mas Cristo nela e com ela. É necessário maior prova? Estudem os sábios, estudem aqueles, não a quem dei a luz, mas a quem a vou dar. Alguns a quem a dei e a não aceitaram, não voltam a recebê-la. Partes para o Céu, Minha filha, mas por ti continua a obra da salvação. Acode às almas, acode às almas. Fica por um pouco a gozar a Minha paz para dela tomares conforto para a luta. No meio das tuas trevas, recorda estes momentos, lembra-te que sou Eu, confia em Mim.

Desde 1965, na Capela de dita Cruz, em dois cartões impressos podem ler-se os dois excertos transcritos.





ITALIANO
ALEXANDRINA MARIA DA COSTA - BALASAR (Portogallo)
30.03.1904-13.10.1955
una vita eucaristica, mariana, di martire e apostola



BREVISSIMA BIOGRAFIA

Alexandrina, di vitalità esuberante, di finissima sensibilità, diventa un'anima di preghie­ra, particolarmente devota al tabernacolo. A 14 anni salta da una finestra per salvare la sua purezza da uomini male intenzionati. Da qui, una mielite con paralisi che la inchioderà in un letto per gli ultimi 30 anni della vita. Nella sua cameretta, in un mare di dolori di ogni genere, comprende a poco a poco, per amore a Gesù e alle anime, il valore della sofferenza: la accetta con slancio e diviene una delle più potenti anime-vittime cbe si immolano come il divino Modello, e a Lui si unisce così intimamente da riviverne la Pas­sione ogni settimana, dal 1938 fino alla mor­te, soffrendo fisicamente, moralmente e spi­ritualmente. Dal 1942 alla morte, soffre il tormen­to di un digiuno totale, con forti nostalgie di cibo, con crisi di vomito e coliche. Vive solo di Gesù eucaristico. Grazie al suo grande amore alla Madonna, Gesù la sceglie anche come strumento per ottenere la consacrazione del mondo alla Sua santissima Madre. Imita Gesù non solo nel soffrire, ma soprat­tutto nell'amare: si vede da lei irradiare la vita divina. Questo attira al suo letto folle di visitatori sempre più numerosi che ne restano trasformati. Pur avendo dovuto interrompere gli studi alla seconda elementare, segue le orme dei più grandi mistici, guidata dalla diretta ispirazio­ne di Gesù, e tramanda ai posteri migliaia di pagine che sono (come scrive il suo primo direttore spirituale nella Biografia) “docu­menti di autentico valore letterario, ascetico e persino teologico di tale interiorità che non è facile uguagliare”.

«Ho passato la mia vita a soffrire e passerò il mio Cielo a pregare per voi, peccatori» «Soffrire, amare, riparare»



PREGHIERA

O Trinità Santissima, Ti adoro e Ti ringrazio perché ci hai donato l'esempio di Alexandrina, scintilla purissima del tuo amore. Ti prego di aiutarmi ad imitarla: che io mi consumi in un anelito sempre più ardente nel dedicarmi a Te e ai fratelli. Ti chiedo umilmente di glorificarla con la Beatificazione e di concedermi, per la sua intercessione la grazia che ardentemente Ti chiedo...



«Ti ho scelta per la felicità di molte anime» (Gesù ad Alexandrina)


ESPANHOL


P.S. PARA SABER MAIS SOBRE A BEATA ALEXANDRINA DE BALASAR, ENTRAR NESSE SITE:http://alexandrina.balasar.free.fr/index_pt.htm
A HISTÓRIA DESSA GRANDE SANTA, SIM PORQUE PARA MIM ELA JÁ É SANTA,NÃO PODE SER ESCRITA EM UM ÚNICO POST, POR ISSO A IMPORTÂNCIA DE VISITAR ESSE SITE, PARA NOS APROFUNDARMOS NOS SEUS ENSINAMENTOS . ESSE SITE PODE SER LIDO EM DIVERSAS LÍNGUAS- FRNÇAIS, ESPANHOL, PORTUGUÊS E ENGLISH.

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