domingo, 16 de outubro de 2011
DIA 16 DE OUTUBRO - DIA DE SÃO GERALDO MAJELA, O SANTO QUE BRINCOU COM DEUS!!!
A vida de Geraldo, assim como a vida de S. Francisco de Assis, Santo Antonio de Pádua, S. Colombano, São Francisco de Paula, foram tão extraordinárias, que mais parecem uma lenda.
São Geraldo nasceu em 6 de abril de 1726, na cidade de Muro, na Itália. Ele foi o quinto filho de um casal cujo pai Sr. Domingos era alfaiate e a mãe D. Benedita dona de casa.
Amigo do Menino Jesus:
Aos cinco anos Geraldo já demonstrava ser um menino diferente. Em 1731, numa manhã, entra na Capela de Nossa Senhora, ao entrar junta as mãozinhas se ajoelha e sorri para Nossa Senhora e o Menino Jesus que trazia nos braços, coloca a mão direita nos lábios e com doçura própria de criança manda beijos carinhosos. O menino Jesus olha para a Mãe e como pedindo-lhe licença , sai de seus braços e vai brincar com Geraldinho. Ao término da brincadeira Jesus lhe dá um formoso pãozinho branco que leva para casa. Ao chegar em sua casa mostra o presente a sua mãe e conta que foi um amiguinho filho de uma Senhora muito formosa que lhe deu. Sua mãe olhando aquele pão, e repartindo com suas irmãs Izabel, Brígida e Ana Izabel, percebem que o sabor divino. Uma das filhas exclama:”Como é macio, como é branco, parece Pão do Céu”.
No dia seguinte aconteceu a mesma coisa, logo de manhazinha, Geraldo levantou , correu os quatro quilômetros que separava sua casa da Capela. Chegando lá o Menino Jesus já o esperava, brincam longo tempo e Geraldo mais uma vez recebe o pãozinho branco.
Geraldo chega com o pãozinho e entrega para D. Benedita, e esta novamente lhe pergunta quem lhe teria dado. Ele responde, é ‘meu amiguinho’, filho de uma Senhora muito formosa que encontrei na Igreja.
Sua mãe e suas irmãs, curiosas com o fato, no dia seguinte o seguiu e ficou maravilhada ao constatar que Geraldinho brincava com o Menino Jesus que descia do colo de Nossa Senhora, na Capela de Capotignano. Sua Mãe olhou em segredo e não permitiu que suas filhas também falassem, tinha medo de tirar a ingenuidade e inocência de seu filho. Passou então a educá-lo com mais carinho no caminho de Deus.
Geraldo se mostrava uma criança muito especial e D. Benedita, se esforçou muito para ensinar-lhe, “a ser humilde como o Deus do Presépio , e a mortificar-se como o Deus da Cruz”.
Recebe a Primeira Comunhão de São Miguel Arcanjo:
Aos 8 anos de idade, Geraldo já tinha um forte desejo de na Missa receber a Santa Eucaristia, mas não o permitiam pois somente com 10 anos. Certa vez tomando de forte desejo, entrou na fila de comunhão e quase arrebatado em êxtases se apresentou para a comunhão, não sendo atendido pelo padre. Voltou para casa aos prantos e quanto entrou no quarto e fechou a porta, de repente uma luz envolveu todo o cômodo, era São Miguel Arcanjo que vinha trazendo um vaso de ouro, e lhe ministra Jesus Sacramentado. No mesmo instante Geraldo é tomado de uma luz que o eleva em formoso êxtase que vai durar até o dia seguinte.
Aprendiz de Alfaiate descobre a alegria no sofrimento:
Aprendeu o ofício do pai e aos 12 anos após a morte do pai ingressa para trabalhar como aprendiz de alfaiate, para ajudar na renda da família. Sua Mãe Benedita, se torna lavadeira, passam por muitas necessidades, mas jamais deixa de levar seu filho Geraldinho pelo o caminho do Reino de Deus.
Se mostra muito esperto e em pouco tempo se torna uma excelente Alfaiate. Seu colega de trabalho, observando sua candura e comportamento de santo, começa a perseguí-lo e a desferir-lhe surras memoráveis. Quanto mais lhe perseguia e quando lhe batia, Geraldo só falava: “Por amor de Jesus, eu te perdôo”. Certa vez Geraldo descobre seu companheiro tentando roubar seu Patrão e tenta persuadí-lo a não fazê-lo o que vem a piorar ainda mais seu sofrimento. Somente mais tarde seu amigo e Patrão Sr. Pannuto descobre e despede o mau funcionário. Quando repreende a Geraldo por não ter-lhe contado, este silencia, feliz por ter sofrido por amor a Jesus.
Geraldo, sempre que podia se punha em oração e tinha sua alma tomada pela graça de Deus.
Deus estava sempre com Geraldo:
Certa vez ao presenciar seu patrão querido em maus lençóis, por ter cortado o terno menor de um bravo pai que estava prestes a levar sua filha para o altar. Sr. Pannuto estava angustiado e dizia :
-"Agora vou ficar arruinado"; e a sua frente lá estava o homem bufando de raiva. Geraldo se aproximou pegou o terno, tentou acalmar o zangado homem, dizendo que esperasse e confiasse em Deus. Levou o terno para dentro, orou a Deus, e passou a mão esticando o terno, depois passou-o e o entregou em 10 minutos para homem, que muito desconfiado, acabou por experimentar o terno, e qual não foi sua surpresa ao ver o terno, com caimento perfeito. O homem ficou tão feliz, que recompensou muito bem o Alfaiate e o Aprendiz Geraldo.
Geraldo já manifestava grandes sinais de Santidade.
Aos 14 anos foi crismado pelo bispo Dom Cláudio Albini, que passou a ser seu tutor. Este homem tinha muito zelo com as coisas de Deus, mas por outro lado era muito exigente e tinha reputação de que não ficava mais de três meses com seus servos. Ficou encantado com Geraldo e pediu a sua mãe que liberasse Geraldo para trabalhar para ele. Sua mãe acabou por aceitar .
Geraldo acabou por ficar feliz, pois assim poderia sofrer por amor a Jesus. E assim se dá por longos três anos.
Milagre! Milagre!
Certa Vez, Geraldo se aproximou do poço para tirar água, este inclusive era muito fundo. De repente derrubou a única chave que tinha da casa dentro do poço. “Aí a chave”. Exclamou Geraldo e se pôs branco como cera. Percebendo a gravidade da situação, principalmente por ser as chaves do Sr. Bispo. Teve uma idéia...correu a Igreja, pediu licença a Nossa Senhora e tomou-lhe dos braços a estátua Do Menino Jesus, levou até a beira do poço, amarrou-a numa corda e disse olhando para a Imagem:”Tens de trazer-me a chave, do contrário o Sr. Bispo vai zangar comigo como nunca” Desceu o Menino Jesus até o fundo do poço, e este ao ser puxado pela corda, trás em suas mãos a tão desejada chave. As pessoas que estavam próximas aplaudiram e vibraram com o milagre do Menino.
Após a morte do bispo, Geraldo voltou a atuar como alfaiate.
Geraldo então realiza o sonho de sua mãe tê-lo perto de si e trabalhando na Oficina que era de seu Pai. As qualidades de excelente alfaiate que possuía não eram as mesmas como negociante e Geraldo cobrava por seus serviços somente o necessário para sua subsistência e dos pobres nada cobrava.
Certa vez chegou um camponês para tentar fazer um terno, mas o pano que possuía era insuficiente. Geraldo se comoveu com a situação, e quando o camponês perguntou se seria possível, o santo respondeu, “não se preocupe, vamos confiar em Deus”. Quando o cliente recebeu sua encomenda, qual foi sua surpresa, o terno lhe caiu perfeito e ainda Geraldo lhe devolveu uma quantidade boa de retalhos.
É certo que Geraldo desde sua infância tinha o desejo de agradar a Deus, e passava horas em meditação na Paixão de Jesus Cristo. Possuía um amor à Virgem Maria, diariamente rezava o Rosário, fazia ladainhas, que bastava ouvir o Nome da Mãe de Deus para transfigurar-se e encher-se de luz, parecia tocar o céu.
Passou a ficar mais tempo diante de Jesus Sacramentado, passando noites inteiras ao lado de Jesus.
Naquele tempo não era comum, mas seu confessor permitiu-lhe comungar três vezes por semana, pois percebia o alto grau de santidade que apresentava Geraldo.
Ataques do inimigo:
Certa vez quando se aproximava a noite da Igreja para iniciar sua adoração noturna, inesperadamente se aproximou dele um enorme cão, negro e raivoso pronto para o atacar.
Quando percebeu Geraldo, o cão muito próximo teve o impulso de fugir, mas por revelação percebeu que se tratava do demônio. Rapidamente tomou água benta que sempre levava consigo, e traçou o Sinal da Cruz sobre o maligno que desapareceu de sua frente.
Em outra circunstância quando estava Geraldo em profunda oração diante do Sacrário, viu uma enorme estátua de um anjo começar a caminhar em sua direção e precipitar para cima de si, desferindo-lhes golpes, chegando a ferir seu braço. Geraldo imediatamente, faz o Sinal da Cruz, e a estátua volta para seu lugar.
Procurava todo tipo de mortificação e penitências.
Em 1748, quando tinha 22 anos, era costume na sexta-feira santa, se representar a Paixão de Cristo e Geraldo teve o privilégio de representar Jesus. Aceitou com grande apreço, mas exigiu que os açoites fossem o mais próximo do real, e quando foi suspendido na cruz, foi amarrado por finas cordas, ficando três horas, ali sentiu muita falta de ar, devido a posição em que se encontrava, inclusive esta era a causa da morte na cruz, não conseguindo mais o crucificado se sustentar sob os pés transpassados pelos pregos, com inúmeras convulsões e câimbras, entrava em agonia e soltava o corpo, morrendo assim por asfixia.
Quando Geraldo foi retirado da cruz, já estava quase que desacordado e todo ferido, mas muito feliz e de rosto transfigurado.
Aplicava a si todo tipo de penitência, comia o mínimo possível, dormia sempre no chão. Consegui convencer seu amigo Félix Marenga que juntos fizeram a primeira comunhão a açoitá-lo para que pudesse assim sofrer por Jesus.
Vocação Religiosa:
Por duas vezes tentou entrar para o Convento dos capuchinhos, mas não foi aceito, por suas frágeis condições físicas.
Certa vez viu se aproximar da cidade padres Redentoristas em Missão, esta Congregação era recém fundada por Santo Afonso Maria de Ligório.
Geraldo sentiu um forte impulso e quando se aproximou de um dos padres e pediu para seguir com eles, teve a resposta imediato de Padre Onofre, que era muito simpático mas pouco psicológico. “Nossa Congregação não lhe convém é muito austera, se sofre muito”. Geraldo respondeu, “mas é justamente isto que estou procurando”. Respondeu o Padre, “o Senhor não serve para nós, nunca vestirá nosso hábito”.
Geraldo não desistiu tinha a firme resolução de que seria Redentorista.
Milagre!
Enquanto isso na casa dos Giuliani, Amado o filho mais novo, brincava ao pé do fogo, quando este perdeu o equilíbrio e ao cair no fogo teve seríssimas queimaduras. Em vão tentavam socorrer o filho, que já se apresentava quase sem vida Geraldo quando passava na rua ouviu os gritos de desespero da mãe e entrou na casa. Ao ver a situação do menino falou a mãe: “Senhora, isso não é nada, confiai em Deus. Não fiqueis com o menino nos braços, deitai-o na cama e ficai sossegada”. A mulher o fez com lágrimas nos olhos fez o que Geraldo pedira, pois sabia que se tratava de um santo. Ela e o marido rezavam em volta da cama, quando de repente perceberam que todas aqueles ferimentos foram desaparecendo e o menino voltando a vida e em questão de minutos, sua pele estava como nova, como nascera.
Geraldo não desiste.
Quando soube Geraldo que os Redentoristas estavam hospedados em uma casa próxima, vai ao encontro do então Padre Paulo Cáfaro, para pedir que lhe deixasse seguir com eles, mas recebe a mesma resposta: “é muito austera, nossa Congregação não suportaria, é melhor que fiques com tua mãe.”
Padre Cáfaro era um santo, de muita sensibilidade e humildade, e embora percebesse traços de santidade em Geraldo, além de ter ouvido inúmeros milagres que aquele moço fazia em nome da Misericórdia Divina, pela razão não podia aceitá-lo, era muito fraco, doente, não iria sobreviver. Muitos intercederam por Geraldo, e lhe diziam:”Padre Cáfaro, Geraldo é um Santo”, e isto fez com que durante toda a noite ele muito refletisse, é um santo.
Vendo a firme resolução do filho D. Benedita, temendo por ele realmente não agüentar a austeridade da vida religiosa, foi conversar com Padre Cáfaro e este a orientou que mantivesse Geraldo preso em seu quarto, assim não os veria partir. Sem Geraldo perceber enquanto rezava no quarto em profunda intimidade com Deus, sua irmão trancou a porta por fora, Geraldo dormia no andar de cima, e a mãe e as irmãs seguiram para a missa de encerramento das missões. Quando retornaram e foram abrir a porta do quarto nada encontraram, olharam a janela e viram que Geraldo descera fazendo uma corda de lençóis e sobre a cômoda um bilhete que dizia:
“Vou fazer-me santo, não penseis em mim. Adeus! Até o céu.”
Geraldo correu que parecia voar atrás dos Padres até alcançá-los, quando enfim o conseguiu, lançou aos pés de Padre Cafáro, que mais uma vez o repeliu, mas Geraldo com firme resolução, disse que jamais os deixaria, pois era sua vocação e que Deus o chamava, que estaria sempre a cada dia a bater á porta dos Redentoristas, nem que fosse como mendigo a pedir ajuda e que o acolhessem.
Padre Cáfaro, percebendo que não haveria jeito abriu os braços e disse: “filho venceste-me. Recebo-te como religioso. Que Deus te dê saúde e forças para perseverar até a morte.”
No dia 17 de maio de 1.749, partiu Geraldo, radiante de alegria, não cabia em si, rumo ao noviciado na cidade de Iliceto, levava consigo um bilhete para o superior do Convento que dizia: “Envio-vos esse postulante para o irmão coadjuvante, embora creia ser de todo inútil para qualquer trabalho devido a sua debilidade. Aceita-o apesar de tudo em vista de seus rogos incessantes e da grande reputação de santidade de que goza em sua cidade.”
No convento foi designado para a jardinagem e à horta, e qual foi a surpresa, Geraldo trabalhava por quatro, sempre feliz e sorridente, solicito procurava as piores tarefas para fazer. Depois passou a servir na cozinha, até voltar ao seu ofício de alfaiate.
QUARTO DE SÃO GERALDO,LOCAL ONDE ELE MORREU.
Multiplicam-se os Milagres
Nosso santo mostrou desejo de que Padre Cáfaro fosse seu confessor e diretor espiritual , este aceitou a feliz inculbência mas advertiu Geraldo:”Sim filho, já o serei no noviciado, mas sou muito exigente como os que me pedem que me encarregue de suas almas.” Geraldo sorriu e falou: “sim Padre, já me disseram, por isso venho te pedir que encarregueis de minha alma...vim fazer-me santo e não para levar uma vida cômoda.”
Padre Cáfaro já sabia das virtudes de Geraldo, e tinha inclusive que controlá-lo com relação as suas penitências, pois tinha receio que Geraldo excedesse. Muitas vezes se sentia indigno desta função devido a santidade de seu discípulo.
Certa vez teve de proibir Geraldo que procurava dormir em uma cama que ao invés de colchão possuía pedras pontudas, e usava um tijolo por travesseiro, Geraldo por obediência aceitou.
Geraldo responsável da Sacristia
Foi designado para os serviços da sacristia, a qual nunca havia sido tratada com tanto zelo e amor. Geraldo se sentia no céu, cuidava das flores, dos paramentos, das peças litúrgicas. Tudo o que fazia lhe parecia pouco em se tratando de cuidar da preparação do culto litúrgico.
Percebeu Geraldo que o ostensório estava em péssimas condições, e apesar do Convento não ter dinheiro convenceu o Superior a encomendar nova peça.
Procurou o melhor ourives das redondezas e fez sua encomenda. Passando o prazo para entrega, Geraldo foi ansioso buscar o ostensório, mas por outras quatro vezes não estava pronto e sentia-se enganado pelo ourives. Da última vez já com tom de indignação disse ao ourives que enquanto não entregasse o ostensório, estaria sentindo muitas dores, e assim se fez e rapidamente sua encomenda foi entregue.
Passava todos os tempos livres em adoração diante do Santíssimo provando grandemente o amor de Jesus. E quando era arrebatado em êxtases e se atrasava para algumas tarefas, quando era chamado a retornar, muitas vezes flagrado, se sentia muito humilhado e pedia perdão, apesar de que nunca deixou de cumprir suas tarefas com excelência na obediência.
Quando sofria alguma dor física ou moral dizia Geraldo: "Sua Excelência me quer bem". Geraldo passava longas horas diante do Santíssimo Sacramento, o mistério do Senhor crucificado e ressuscitado.
Na cozinha
Certa vez ,Padre Cáfaro ordenou que preparasse o refeitório para um grupo de seminaristas que ali faziam seus exercícios espirituais para as ordenações. Geraldo obedeceu e foi com alegria para o serviço. Havia na cozinha um quadro de Jesus, “Hecce Homo”, quando Geraldo se deparou com Jesus sofredor a caminho da Cruz, imediatamente entrou em êxtase. Chegando a hora do almoço, o Irmão encarregado veio para ver como estava o almoço e se deparou com o Geraldo em êxtase quase dois metros do chão. Puxou-o pela batina, mas tudo inútil. Chegaram os outros irmãos quiseram baixá-lo a força e nada conseguiram. Chegando o Padre Superior, ordenou-lhe que voltasse a si, imediatamente Geraldo voltou, muito constrangido pediu perdão a todos. Recebeu a correção devida e mais rápido do que se esperava, tudo estava pronto.
Dons:
Geraldo possuía apenas estudos primários e mesmo assim vinham religiosos, padres, bispos, teólogos para ouví-lo e tomar seus conselhos. Geraldo possuía o dom sobrenatural de ver as almas.
Romeiro de São Miguel Arcanjo
Um grupo de 12 seminaristas se organizaram para uma peregrinação ao Monte Gargano, para visitar o Santuário de São Miguel. Apesar da viagem ser longa, pouquíssimos recursos financeiros foram-lhe dados, tal soma não daria para um almoço. Então um dos irmãos pediu ao Superior que designasse Irmão Geraldo para acompanhá-los, pois dizia:”assim nada nos faltará”.
O Superior chamou Geraldo deu-lhe a bolsa de dinheiro, que Geraldo nem tomou conhecimento de quanto tinha, ficou muito feliz, pois há muito tempo desejava peregrinar até o Santuário de São Miguel. Tomou Geraldo emprestado de um vizinho dois burrinhos para que pudesse conduzir os que se cansassem pelo caminho.
Em Foggia ,na Igreja de Nossa Senhora,fizeram uma parada.Geraldo aproveitou para gastar o dinheiro comprando belas flores, como era seu hábito, para levar ao Santíssimo Sacramento. Mal se pôs diante do Santíssimo, transfigurou-se, e ali ficou por horas. Os outros ficaram preocupados e sem dinheiro vendo a fome apertar foram chamar Irmão Geraldo. Este voltando a si, disse que “não se preocupassem, pois Deus proveria o necessário”. Quando saíram da Igreja foram recebidos pelos moradores, que haviam preparado em meio as árvores um delicioso almoço para os Irmãos, pois ali já havia passado o missionário Geraldo e operado maravilhas em nome de Deus”. Além do almoço deram ao santo uma quantia em dinheiro.
Chegando ao Santuário de São Miguel, Geraldo procurou uma florista para comprar flores como de costume para o Santíssimo, a que carinhosamente chamava de “prisioneiro de amor”, entrou na Igreja e ali ficou prostrado por longas horas, até ser interrompido por um Irmão chamando-o para seguir.
Com fome e sabendo mais uma vez que Geraldo gastara os últimos centavos com as flores, perguntaram-no o que iriam fazer, e para surpresa deles, Geraldo tira do bolso uma quantia de dinheiro, quando indagado de como conseguiu, responde: “No Santuário de São Miguel, quando estava a rezar no altar me apareceu um desconhecido e se recomendou ás minhas orações, deu-me copiosa esmola e disse: “Irmão Geraldo amai muito a Deus”.
Entraram em um estabelecimento e pediram alimento para todos, se sentaram foram servidos e comeram a vontade. Quando Geraldo pediu a conta para pagar, o dono do restaurante tentando se aproveitar por se tratar de irmãos consagrados, como era de seu costume, quis cobrar muito além do que valia as refeições. Imediatamente Geraldo falou que o que se cobrava era além do que valia. O homem se zangou, afirmou que tinham que pagar, chamou Geraldo e os irmãos de ladrões, aproveitadores, etc. Geraldo com muita mansidão, querendo evitar confusão, afirmou que pagaria o absurdo cobrado, mas que até o final daquela tarde, todas as mulas da fazenda daquele avarento estariam mortas. Geraldo deu-lhe o dinheiro e foi saindo, quando entra o filho do proprietário, pedindo que pai corresse para ver. No estábulo as mulas estavam todas agonizando. Percebendo então seu erro correu atrás de Geraldo, caiu-lhe aos pés pedindo perdão. Geraldo se compadeceu ao ver as mulas morrendo, foi em sua direção, fez o sinal da cruz, e no mesmo momento voltaram ao normal. O proprietário queria devolver o dinheiro, mas Geraldo aceitou somente pagar o que era o correto. Conta-se que depois deste dia aquele homem se tornou honesto e de bom coração.
Perseguição a Geraldo
Uma jovem de nome Néreia, por vingança, levanta um falso testemunho de Geraldo, afirmando tê-lo visto abusar de uma jovem. Relata o fato a seu confessor, que após juramento da mulher, encaminha carta aos Superiores de Geraldo, que se recusam a acreditar devido a vida de santidade de Geraldo.
Quando Geral é chamado pelo fundador dos Redentoristas Santo Afonso de Ligório, não se defende e fica em silêncio. Como castigo fica proibido de receber a Eucaristia, o que muito o faz sofrer.
Mais tarde Neréia, atormentada por sua consciência, confessa sua fraude, e arrependida pede perdão a Geraldo, que a recebe com o perdão de Deus.
No Porto de Nápoles, certa vez uma forte tempestade impedia uma pequena embarcação de chegar ao ancoradouro. Na praia as famílias daqueles homens, clamavam a Nossa Senhora que não deixasse aqueles homens perecerem. Geraldo passava por ali, se compadeceu, fez uma breve oração, e caminhando sobre as águas agitadas foi em direção ao barco, tomou uma corda e rebocou-o são e salvo para a praia.
Amigo dos pobres.
Geraldo amava os pobres, dizia: “É preciso socorrer os pobrezinhos, por que são Jesus Cristo visível, assim como o Santíssimo Sacramento é Jesus Cristo invisível.
Por várias vezes Geraldo foi advertido por seus Irmãos, pois dava todo alimento do Convento para os pobres que lhe batiam à porta. Quanto mais Geraldo dava aos pobres, mais se multiplicava o alimento no Convento.
No momento de maior dificuldade na região, onde assolou um momento de fome e dificuldades, o Superior encarregou Geraldo de alimentar os pobres e de lhes dar tudo que precisassem. Geraldo com muita felicidade alimentou a todos com profusão.
Geraldo é atacado.
Certa vez quando atravessa um bosque sem saber que era uma propriedade privada, um guarda-florestal o atacou inesperadamente, espancando Geraldo sem complacência, atingindo-o com coronhadas na região do pulmão. Este incidente vêm acometer Geraldo de uma infecção no pulmão e uma Tuberculose, que levará nosso santo a morte.
Geraldo é chamado para o céu.
Morreu em Materdomini no dia e na hora que ele tinha predito, 16 de outubro de 1755, consumido pelas suas severidades e pela tuberculose.
O Superior do Convento pediu que se tocassem os sinos com o toque fúnebre, mas inexplicavelmente os sinos por si só tocavam badalos de Aleluia, mostrando a grande festa no céu com a chegada de nosso amado Geraldo.
Foi beatificado por Leão XIII no dia 29 de janeiro de 1893 e canonizado por Pio X no dia 11 de dezembro de 1904.
Muitos católicos o veneram no mundo inteiro como o patrono especial das mães e das famílias, que continua lá do céu operando milagres para a glória de seu amado Jesus.
Neste trabalho procuramos apontar alguns momentos da vida deste maravilhoso santo, pois muitíssimas páginas seriam necessárias para relatar todos os milagres que fizera.
São Geraldo, rogai por nós...
PROCISSÃO E FESTA A SÃO GERALDO
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