sábado, 17 de setembro de 2011
DIA 18 DE SETEMBRO DIA DE SÃO JOSÉ DE CUPERTINO-PARTE 1
FILME DE SÃO JOSÉ DE CUPERTINO
São José de Cupertino, é um dos santos que guardo com imenso AMOR em meu coração.Quando ELE deu sua mensagem no Santuário das Aparições de Jacareí, eu não sabia nada sobre a vida DELE, porém, somente ouvindo as palavras que ELE transmitia ao Marcos, senti um enorme carinho e amor por pate DELE para com todos nós.
O pequeno José veio ao mundo em 17 de junho de 1603, na aldeia de Cupertino, não longe de Otranto, Itália. Seu pai, um pobre carpinteiro, morreu antes que o bebê nascesse, deixando a infeliz viúva com seis filhos e carregada de dívidas. Insensíveis à sua dor, os credores a despejaram da casa, pois ela não tinha condições de pagar o aluguel. A triste senhora ficou reduzida à situação de dar à luz em um estábulo. Assim, já em seu nascimento, a vida de José se assemelhava à do Salvador, cujos passos viria resolutamente a seguir.
Apesar de sua pobreza, a mãe conseguiu colocá-lo em uma escola, e foi nela que, aos oito anos, ele teve o primeiro de seus numerosos êxtases. Seus colegas, não compreendendo a razão de vê-lo parado e com o olhar perdido, deram-lhe o jocoso apelido de "Boccaperta" (boca aberta).
Quando estava um pouco mais crescido, começou a trabalhar como aprendiz de sapateiro. No entanto, já sentia a vocação religiosa, e ao completar 17 anos tentou ser admitido num convento dos capuchinhos. Para sua tristeza, foi recusado por conta de sua ignorância. Não se deixou esmorecer e, à custa de grande insistência, conseguiu ser recebido como irmão leigo, em 1620, pelos capuchinhos de Martino. Mas seus contínuos êxtases o impediam de trabalhar, e assim, apesar de suas súplicas, foi mandado embora.
José procurou abrigo na casa de um tio que tinha certas posses, mas, após algum tempo, este o declarou "completamente inútil" e o pôs na rua. Após tantas desventuras, voltou para a casa materna. Sua mãe recorreu a um parente que era franciscano, por cujo intermédio o jovem acabou sendo aceito no convento de La Grotella, como ajudante leigo, nos trabalhos do estábulo.
Embora sempre distraído e desastrado, sua humildade e espírito de oração e penitência o tornaram estimado por todos, e em 1625, por votação unânime dos frades, ele foi por fim admitido como religioso franciscano.
Entretanto, seu amor a Deus levava- o a almejar o sacerdócio. Embora alguns duvidassem que ele fosse capaz de tanto, os superiores permitiram- lhe começar os estudos. Atravessou os anos de filosofia a duras penas. Nas horas de exame, ficava tão inseguro que, muitas vezes, era incapaz de responder. Mas a Providência não o desamparava. Em uma das provas mais importantes, o examinador lhe disse: "Vou abrir a esmo o Evangelho, e a primeira frase que me cair sob os olhos, essa terás de me explicar". Em seguida, abriu o livro santo na página da visita a Santa Isabel, e mandou Frei José dissertar sobre a frase: "Bendito é o fruto de teu ventre". Era justamente este o único ponto que ele sabia explanar.
Chegou, por fim, o dia do exame definitivo, no qual se decidiria quem seria ordenado.
Apresentou- se o grupo de seminaristas diante do bispo, e este logo começou o exame oral. Os dez primeiros a serem interrogados saíram-se tão bem que o prelado, muito satisfeito com o nível de preparação daquele conjunto, dispensou da prova os demais. Frei José era o 11º da lista... Assim, com razão, Frei José de Cupertino viria a ser declarado padroeiro dos estudantes, especialmente daqueles que se encontram no período de exames.
Foi ordenado sacerdote em março de 1628. Sempre teve muita dificuldade de pregar e ensinar. No entanto, supria essa deficiência e ganhava as almas por meio da oração, da penitência e do poderoso meio do bom exemplo.
"Frei Burro"... e hábil teólogo
Na verdade, era pouco versado nos conhecimentos humanos, tanto que se chamava a si mesmo de "Frei Burro". Contudo, a graça divina lhe concedia muita sabedoria e luzes sobrenaturais, e desse modo ele não somente ultrapassava o comum dos homens no aprendizado das doutrinas, como se mostrava hábil em resolver as mais intrincadas questões que lhe eram apresentadas. Em certa ocasião, um professor da Universidade Franciscana de São Boaventura disse: "Escutei-o discorrer tão profundamente sobre os mistérios da teologia, como não o poderiam fazer os melhores teólogos do mundo".
Além disso, nunca deixou de ser místico e grande contemplativo. Tudo aquilo que, de algum modo, tinha relação com Deus ou com as coisas santas - o som do sino, o canto litúrgico, a menção dos nomes de Jesus ou de Maria, alguma passagem dos Evangelhos - facilmente o transportava ao êxtase. E nada o tirava desse estado. Em vão seus irmãos de hábito tentavam empurrá-lo ou arrastá-lo, depois passaram a golpeálo, espetá-lo com pregos e, por fim, alguns mais impacientes chegaram a tocar sua pele com brasas. Nada produzia efeito. Por milagre da santa obediência, somente a voz do superior o trazia de volta à vida comum.
Êxtases freqüentes, fonte de transtornos e provações
Esses arrebatamentos podiam acontecer em qualquer momento e lugar, especialmente durante a Missa ou o ofício. Aconteceu- lhe mesmo de elevar- se e permanecer suspenso no ar. Como essas ocorrências causavam não pouco espanto e admiração, além de grande distúrbio na comunidade, os superiores acharam por bem decidir que Frei José não mais celebrasse Missa em público nem participasse dos atos em comum, como cânticos no coro, refeições e procissões. A partir de então, ele devia permanecer em seu quarto, onde uma capela privada foi preparada para seu uso. Tudo o bom frade aceitou, com humilde e obediente resignação.
Mas as provas a que Deus submetia este seu servo estavam longe de terminar. Tantas manifestações sobrenaturais chamaram a atenção da Inquisição, perante a qual o bom frade foi acusado de abuso da credulidade popular. Durante um interrogatório no mosteiro napolitano de São Gregório Armeno, ele teve um êxtase diante dos juízes. O longo e complexo processo ocasionoulhe o transtorno de ser várias vezes transferido de uma casa dos capuchinhos para outra. Mas Frei José de Cupertino sempre manteve sua paciência e espírito alegre, submetendo- se com confiança aos desígnios da Providência. Longe de afligir-se, progredia na via da santificação. Praticava a mortificação e o jejum a tal ponto que fazia sete longos períodos de abstinência por ano, e durante boa parte desse tempo não experimentava nenhuma comida, exceto às terças-feiras e domingos.
Dons sobrenaturais extraordinários
Entre milagres e provações, a vida de José de Cupertino foi das mais extraordinárias. Tal era sua fama de santidade que multidões o procuravam.
No convento, ele cuidou de animais e trabalhou quase como um burro de carga. Ele mesmo se intitulava "Irmão Burro".
Comumente via as pessoas em forma de um animal que representava o estado de sua alma. Se encontrava alguém cuja alma não estivesse limpa, sentia o mau odor do pecado e advertia: "Estás cheirando mal, vai te lavar". E, após uma boa confissão, sentia um aroma agradável de perfume.
Vivia de tal forma em contemplação que, mesmo durante árduos trabalhos, não conseguia distrair-se dela. Não poucas vezes, pensando nas realidades eternas, José se elevava do chão. Realmente, o "Irmão Burro" passou boa parte de sua vida no ar, entre o céu e a terra...
Devido talvez à sua simplicidade e inocência, José de Cupertino tinha grande amizade e familiaridade com as mais simples criaturas de Deus.
Certa vez mandou um passarinho ir ensinar às freiras de um mosteiro cantar o Ofício. E todos os dias, à hora das Matinas e da Noa, eis que o pássaro aparecia à janela do coro, animando o cântico das religiosas.
Em outra ocasião, encontrou duas lebres junto ao bosque de Grottella e as preveniu: "Não vos afasteis de Grottella, porque muitos caçadores vos perseguirão". Tendo desobedecido a essa recomendação, uma delas foi surpreendida e perseguida por cães. Encontrando aberta a porta da capela, o animalzinho atravessou a nave e atirou-se nos braços de José. "Eu não tinha te avisado?", disse-lhe o santo. Em seguida, chegaram os caçadores, reclamando sua presa. "Esta lebre está sob a proteção de Nossa Senhora, portanto não a tereis", respondeu ele. E, depois de abençoá-la, a pôs em liberdade.
Apenas ao pronunciar os santíssimos nomes de Jesus e de Maria, José entrava em levitação. Passeando um dia com outro frade nos jardins do convento, este lhe disse: "Irmão José, como criou Deus um tão belo céu!" Ao ouvir estas palavras, José deu um grito, voou e colocou-se de joelhos sobre uma oliveira. Os galhos balançavam como se estivessem sob o peso de um pássaro.
O êxtase às vezes o surpreendia durante a Missa. Voltando a si, São José retomava o santo sacrifício no ponto preciso em que o havia deixado, sem se equivocar no cerimonial. Tais eram seus êxtases que certo dia, durante uma levitação, suas mãos ficaram por cima das chamas de dois tocheiros. Atônitos, os espectadores ficaram mudos de temor, mas, passado o êxtase, não havia qualquer sinal de queimadura. Sua Missa durava habitualmente duas horas. Por vezes, Nosso Senhor lhe recomendava que a abreviasse para ir desempenhar seu ofício de esmoler.
Outro fato relevante na vida de José de Copertino é que, apesar de quase não ter nenhum estudo teológico, tinha o dom da ciência e era consultado por teólogos a respeito de questões delicadas. Espantosamente, tinha sempre respostas sábias e claras. Com isso, José conquistou a glória máxima e, mesmo sendo considerado o frade mais ignorante de toda a Ordem franciscana, sua fama de bom cristão, seu comportamento peculiar e seus milagres chegoaram a Roma. O papa Urbano VIII convocou-o e recebeu-o com as honras de que era merecedor. Talvez esse tenha sido um dos dias mais felizes na vida de José de Copertino.
Os últimos seis anos de sua vida, ele os passou em Ósimo. Um mês antes de sua morte, celebrou sua última Missa, durante a qual elevou-se no ar diante de numerosas testemunhas, ficando por longo tempo suspenso, em êxtase. Com a idade de 60 anos, Frei José entregou sua alma a Deus, em 18 de setembro de 1663. O Papa Bento XIV, conhecido pelo seu rigor em aceitar a autenticidade de fatos milagrosos, estudou cuidadosamente sua vida e declarou que "todos esses fatos não se podem explicar sem uma intervenção muito especial de Deus", e assim o beatificou em 1753. Clemente XIII o canonizou em 1767, e até hoje seu corpo é venerado no Santuário de Ósimo.
RESTOS MORTAIS DE SÃO CUPERTINO,QUE FICA NA CRIPTA ,EM SEU SANTUÁRIO ,NA ITÁLIA.
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